Modelos de maturidade da Gestão de Riscos existem aos montes, mas todos eles acabam indo na mesma direção: medem a aderência às boas práticas do ramo, preconizadas por normas e regulamentações delas derivadas. Assim, se a organização tem estrutura dedicada, inventariou os riscos de todos os processos de forma padronizada e tem mapas de calor para apresentar com os respectivos planos de ação, então ela estaria atingindo a plenitude.

Ledo engano: a Gestão de Riscos tem que ser eficaz, não importa se é madura ou imatura, pois tal adjetivo não faz o menor sentido. Mas, afinal, o que é Gestão de Riscos eficaz? Aquela que melhora as decisões tomadas sob incerteza.

Gerenciar um risco assegura compliance e proteção localizada de valor, mas não garante eficácia na criação de valor para a empresa. Por isso, o termo Gestão de Riscos é redutor e limitador. O que buscamos é a Gestão Informada dos Riscos, ou melhor ainda, a Gestão Informada das Incertezas (Uncertainty-Informed Management), uma vez que risco é a expressão do efeito das incertezas. A propósito, há um movimento em escala mundial para promover essa alteração de conceito.

No meu livro Risco não é um Número: Como evitar a banalização e a burocratização do processo de Gestão de Riscos (publicado no início de 2020, à venda na Amazon e em outras lojas virtuais), limitei-me a propor um modelo simples de evolução do grau de integração da Gestão de Riscos à gestão convencional – e muita gente questionou por que não saquei meu próprio modelo global de maturidade da mochila. Explicado está: não acredito em modelos de maturidade.

Desde que terminei o livro, tenho trabalhado em um modelo para avaliação de eficácia. No texto, foi difícil evitar algumas práticas consagradas “padrão-de-mercado”, mas me esforcei. Tentei chegar a um modelo em que uma empresa poderá obter uma pontuação alta sem que seja exigida uma estrutura dedicada, uma dezena de certificações e uma montanha de documentação.

Mas não pretendo chamar esse modelo de “meu” ou “da Loopnut”; gostaria que fosse um documento gerado de forma colaborativa. Por isso, compartilho com quem quiser a planilha Excel do modelo para auto-avaliação e convido a contribuir com ideias, críticas e sugestões para aprimorá-lo.

Se houver interesse significativo da comunidade, formaremos um grupo para fazer a curadoria das sugestões.

A única condição sine qua non: que você anseie por testemunhar a Gestão de Riscos avançando em nosso País – e na direção certa.

A planilha está disponível no Google Planilhas.

Como usar a planilha:

O questionário está segmentado em 10 blocos com 27 questões no total. As questões têm (por enquanto) o mesmo peso.

Cada questão tem 4 alternativas (de A a D), com doses crescentes de eficácia. Se a avaliadora achar que a organização já passou do estágio B em uma determinada questão, mas ainda não é um “D pleno”, selecionará o C. Se o D for escolhido, deverá ser checada a coluna seguinte (coluna I, Modelo Avançado) para avaliar se a pontuação seria 100%, ou 90% ou 80%. Na prática, funciona como um teste de realidade (Você tem certeza que é 100%?).

No caso de a empresa estar em estágio inferior ao nível A (difícil, mas possível), deixar em branco a célula.

A pontuação geral percentual é dada na célula H41.

Contamos com vosso engajamento!

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